sexta-feira, 31 de julho de 2009

A Mulher Que Eu Amo

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Menina, mulher, amante


Menina, mulher, amante,
com seus olhos brilhantes,
quero ter você por um instante,
e beber teu prazer constante...
Beijar o teu corpo gostoso,
lamber seu pescoço,
e ser grudento aos poucos...
Se te quero tanto assim,
nesta ilusão tão ruim,
é porque para mim,
és um castigo sem fim...
Na minha serra querida,
tu és a minha guia,
te quero nua de dia,
nem que seja por fantasia...

terça-feira, 21 de julho de 2009

no fundo de mim

Intertexto parafraseando Marcia Maia em seu poema "Íntimo"

pode?
esse arrepio que mascaro
essa torrente que dentre as pernas
se me brota
encharcando sigilosamente
a cada sensual palavra tua.
pulsando doido,
meu coração se afoga:
ensaios privé de gozos
aqui, em mim
e tua poesia me adentra a alma
não temos pressa
a noite é nossa

pode!

Vera Sarres

Sal sodômico

Mil vezes me vens à mente,
mil vezes despacho este mal.
Eu preciso olhar pra frente
pra não virar estátua de sal.

Vera Sarres

DIVAGANDO



Onde estarão os que sorriram e estiveram comigo...
Será que pousaram as suas vidas em meras fantasias,
ou ficaram voejando pelos vales em repetidos círculos,
como libélulas douradas, mas que também se apagaram
ao primeiro contato ao reluzir a primeira luz intensa,
lá, onde os corações famintos de calor sonham chegar,
porque foi naquele lugar que sempre desejaram estar
na ânsia incontida das buscas e dos seus próprios projetos,
mesmo sabendo dos riscos que certamente correriam,
de bombardeios, de tolas emoções vividas em vão,
será que apesar de tantas tentações andaram monte acima,
ou ainda estão distantes sem que os seus ouvidos
pudessem se sensibilizar e alcançar esses apelos .
Talvez eles ainda arrastem por aí a sorte de se saberem
intimamente dominados pela força eterna do amor,
ou carregam a sua enorme dor, a da pesada solidão.
Emanciparam, ou nem ousaram sair dos seus rústicos casulos,
permanecendo em estados latentes... apenas estáticos...

Tem dias que me dá uma enorme vontade de ficar assim,
ausente da realidade tão tosca e cruel e não resistir
ao desejo incontido de morar em um mundo abstrato
e lá, criar um universo de todos os que sonham em partir.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Tua Falta

O que eu mais sinto falta de ti
É das tuas doces palavras em diminutivo.
É do teu mimar, do teu jeito carinhoso de me dar atenção.
Sinto falta de cheirar o seu pescoço
De tocar o seu cabelo
E de te dar selinho.
Sinto saudades dos teus olhares furtivos
Sempre ansiosos para encontrar o meu olhar.
Faz falta os teus sorrisos de cortejo
E a tua maneira única de me namorar.
Sinto ainda o gosto das tuas promessas de amor puro
E de toda a vida que para nós dois eu construí.
Até do teu ciúme disfarçado sinto falta,
Também faz falta as tuas mensagens repentinas
E as tuas confissões ao pé da noite.
Mais do que tudo isso,
O que mais me faz falta,
É da pessoa que eu era quando estava contigo.
Germana Facundo

PASSOS DO MAR


Esse mar caminha não sei pra onde
Agora, nese final de tarde
Vai sem pressa...
As ondas já gastaram as energias
Debatendo-se nas pedras
E nesse passo, minha prece não amanhece
Fica pelo caminho, grudada em algum molusco
Amanhece e as ondas crescem
Numa fúria mal humorada
Saltam, voltam, recolhem
Tudo por onde passa
O mar sempre acorda com fome
Querendo alimentar seus peixes
Querendo manter sua fauna...

Fátima Moraes

domingo, 12 de julho de 2009

BEM ME QUER

Me encontro no mesmo ponto
Onde se deu o desencontro
E no entanto, de vestígios teus
Só as pétalas arrancadas do bem me quer
Mas a brisa tinha teu cheiro...
E quase que te vejo, vulto rápido
A se esconder ligeiro
Por trás das árvores...
Me deixaste, mas tudo bem!
Recolho as boas lembranças
E tomo de volta o trem!

Fátima Moraes

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A TI, BÚZIOS

Eu liberto este canto de amor
A quem é o meu refúgio eterno,
Como a ave que busca em teu ninho
O aconchego nas noites de inverno.

Só em ti encontrei minha paz,
Pois confortas e também cicatrizas
As chagas que surgem em minha alma
E os problemas que nascem na vida.

Ouço a voz que me vem do teu rio,
O murmúrio das ondas do mar,
Nas horas em que a tristeza chega,
A saudade tu vens abrandar.

És mãe- terra que guarda e cuida
Dos encantos, magias e degredos,
Que teus filhos confessam sofridos,
Mas que logo, alivias teus medos.

Segredei-te um dia, entre lágrimas,
Do desejo de aqui vir morar,
Foste logo tratando dos meios
Do meu sonho se realizar.

São teu mar, tuas serras e matas
Que enriquecem este clima sem fim,
Sou feliz por viver em teus braços,
Linda Búzios, és tudo para mim.

MEU PRIMEIRO AMOR

De repente, distante de tudo eu me senti,
Foi-se a luz que sustentava e reluzira toda
A minha vida. E com isso, ela se apagou,
Por tudo que a sua ausência me causou.
O meu mundo caiu em doídos pedaços
Arrastando-se no chão e aos meus pés.
De lágrimas se fez todo o meu jardim
E a minha alma em tristezas sem fim.

Você que era o caudaloso rio que passava
E deslizava, lá, e nem sequer sonhava,
Que eu houvera nascido em suas margens
E que grudada, entrelaçada às amoreiras,
Banhava a minha ruiva e longa cabeleira
Continuamente, apinhada de longas mágoas,
Na pureza das suas corredeiras e frescas águas.


Se era estio, escasseava o meu sugar em seu leito,
Mas nas chuvas, me saciava, e tudo ficava perfeito.

Verdejantemente, eu rebrotava na primavera,
Estação dos amores, flores e mil quimeras.
E assim fora por meses, muitas, as nossas estações

Nós dois em um só tom, nos mesmos diapasões,
Afinados na melodia da vida, amando e mais amando...
Mas veio o tempo e foi logo nos separando,
E não sabíamos o que o destino nos guardara,
E assim, distantes, consumou-se o que tramara.


Numa tarde fria de chuva, bateu-me uma agonia sem fim,
Era a má notícia chegando, tomando conta de mim
Falaram que você havia partido, pro outro lado da vida,
Fiquei uma eternidade parada, cuidando da minha ferida
Que não cicatrizou ainda, só fica quietinha pulsando
Por isso eu vivo sozinha, aqui, da tristeza falando.
Ninguém poderá preencher o meu pobre coração
Ele é só uma casa vazia, mal-assombrada por esta paixão.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Corpos

Corpo que em noite quente
Desnudo vem descansar,
Ao lado de um outro corpo
Que o está a esperar.
Logo o desejo se apresenta,
Na curiosidade de um explorador
Que quer através de seus carinhos
Despertar no outro corpo o amor.
Incansáveis aceleram os gestos
E entre gemidos de puro prazer
Fazem vir a toda num doce beijo
Tudo que suas almas queriam esconder.
Ritmo marcado em música surda
Onde o balanço vem lembrar o mar
Que em ondas de suor salgado
Lava os corpos, deixando seu cheiro no ar.
E assim as horas vão passando,
Substituindo o sono por luxúria e prazer,
Onde os dois corpos se fundem
Querendo apenas a paixão viver.
Lilian

domingo, 5 de julho de 2009

O Beijo

É um procedimento inteligentemente
desenvolvido para interrupção
mútua da fala quando as palavras
tornam-se desnecessárias.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Você realmente já amou uma mulher?

Você realmente já amou uma mulher?
Para realmente amar uma mulher, para entedê-la
você deve conhecê-la por dentro, ouvir cada
pensamento
Ver cada sonho, e dar-lhe asas quando ela quiser
voar e quando se vir impotente nos braços dela, você
saberá que realmente ama uma mulher.
Quando você ama uma mulher diz a ela o quanto é
desejada
Quando você ama uma mulher diz a ela que ela é única
porque ela precisa de alguém pra dizer-lhe que vai
durar pra sempre
Então me diga você realmente, de verdade, já amou uma
mulher?
Para realmente amar uma mulher deixe que ela te
abrace até você saber como ela precisa ser tocada
você tem de respirá-la, tem de sentir seu gosto, até
senti-la em seu sangue e quando vir seus futuros filhos nos olhos dela, você saberá que realmente ama uma mulher
Dê a ela confiança, abrace-a apertado, um pouco de
ternura, trate-a direito e ela estará lá cuidando bem
de você, é preciso amar sua mulher. Apenas diga-me,
você realmente de verdade, já amou uma mulher???