Os homens são como os pássaros que revoam,
pois livres não pousam, dão apenas rasantes
e em nenhum galho descem; planam, depois voam;
quando presos, ciscam... ciscam, exuberantes.
Homens com coleira, que pena, sinto dó:
são os que mais correm, se largam, e se soltam;
querem ser os reis, ou então um faraó,
ter um harém, coitados, nem por isso voltam.
Queria ser a Safo, e deles me safar
e semelhante às deusas, que eu assim me esboce
nos braços de outro ser, e bote pra quebrar.
Ah se eu vivesse lá e musa também fosse
pra andar como ela, teria que outra virar.
Oh, isso – isso só – já é pra mim um doce!
Vera Sarres
sábado, 30 de maio de 2009
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