terça-feira, 30 de junho de 2009

SUBLIMAÇÃO



Ando em trilhas sinuosas
O vento uiva, tenho medo!
Com a bruma, embaça-se
A esperança da chegada.
Apresso-me para buscar
O arrimo da manhã
Que não tarda estar,
Rompendo a escuridão.
Acelero, temerosa.
As copas das amendoeiras
Sacodem-se e as sombras,
Ao sopro do vento, no chão,
Desenham figuras horrendas
Que invadem e inundam
O meu espírito de lágrimas
De onde vêm, punhal obscuro,
Por que macera minha alma...
Ensina-me os atalhos de outrora,
Onde o teu clarão me norteie
E a tua chama retorne para mim
O tesouro que levaste embora.

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